Saudita, negra e piloto: ela é símbolo na luta por direitos
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- 17 de fev. de 2016
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Nawal Al-Hawsawi fala o que pensa, é negra, tem brevê de piloto e é casada com um homem branco – tudo o que seus críticos dizem que uma mulher saudita não deve ser.
Mas apesar de ser vítima de ondas de abusos nas redes sociais, ela se recusa a ceder às convenções e diz que vai responder a seus detratores "com amor".

Com quase 50 mil seguidores no Twitter, rede social na qual escreve sobre a importância da diversidade racial e da igualdade no casamento, Al-Hawsawi se tornou uma espécie de estrela da internet do país. Mas nem todos os que a seguem são seus fãs.
No último mês de dezembro, ela sofreu uma enxurrada de ofensas racistas no que seria apenas o início de uma longa campanha dos chamados trolls ─ grupos articulados na internet que querem chamar a atenção para si, geralmente realizando ataques a alguma personalidade nas redes sociais.
Há alguns anos, Al-Hawsawi recebe deles fotos de gorilas e imagens de pessoas de tribos africanas alteradas no Photoshop. Eles também se referem à ela com um termo pejorativo para negros em árabe, que significa "escravo".
Enfrentando o preconceito Por ter nascido em Meca, uma das regiões mais cosmopolitas da Arábia Saudita, Al-Hawsawi diz que não havia pensado em si mesma como "negra" até ir morar nos Estados Unidos.
Lá começou o despertar de sua identidade racial, e foi também naquele país onde ela aprendeu a voar e tornou-se piloto certificada, apesar de ser proibida de exercer a atividade em sua terra natal.
Ainda nos Estados Unidos, ela estudou para se tornar terapeuta de casais, sua profissão atual. Al-Hawsawi também se casou com um americano e os dois voltaram para a Arábia Saudita há poucos anos.
Foi aí que o problema começou.

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