Estiagem afeta 9 mil famílias e Defesa Civil inicia envio de ajuda, no AM

Quatro municípios estão em estado de emergência. Em Presidente Figueiredo, mais de 2.300 famílias estão prejudicadas.

Do G1 AM

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Presidente Figueiredo será o primeiro município a receber os alimentos (Foto: Ive Rylo / G1 AM)

A estiagem atípica dos rios afeta mais de 9 mil famílias no Amazonas, segundo dados da Defesa Civil do Estado. O órgão iniciou, na sexta-feira (26), a distribuição de ajuda humanitária para Presidente Figueiredo, localizado na calha do Rio Negro, a 117 km de Manaus. A cidade decretou situação de emergência no início deste mês. Os municípios de Barcelos, São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro também estão em emergência e devem receber ajuda.

De acordo com a pasta, foram enviadas 30 toneladas de cestas básicas, 2.500 frascos de hipoclórito de sódio para a purificação da água, 11 caixas d’água para atender as comunidades e ainda mil litros de água potável. Além disso, o município deve receber o aporte financeiro do Estado no valor de R$ 300 mil.

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“Esse recurso será empregado em ações de logística de socorro, como a aquisição de combustíveis para embarcações, alugueis de carros-pipa e de barcos para o deslocamento da população conforme a necessidade apresentada”, ressaltou o secretário executivo da Defesa Civil AM, coronel Fernando Pires Junior.

A comunidades Rumo Certo, Novo Rumo, Micade I, Micade II, Taboca, Boa Esperança, Jardim Floresta, Canoas, Terra do Sol, Morena, Maroaga estão sendo atendidas com o material. Ao todo 2.347 famílias estão prejudicadas nessas localidades.

Cachoeiras e corredeiras de Presidente Figueiredo estão quase secas (Foto: Reprodução/ Rede Amazônica)

Os próximos municípios que irão receber a ajuda da Defesa Civil do Estado serão: Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos, localizados na calha do Alto Solimões e que também estão em emergência devido à estiagem.

Além da ajuda humanitária (alimentos, kit’s medicamentos, kit’s dormitórios, água potável, hipoclorito de sódio, moto bombas e caixas d’água) todos serão beneficiados com R$ 300 mil. No total, 9.883 famílias estão afetadas pela estiagem atípica para o período.

Capital Após 21 dias de estiagem, o Rio Negro voltou a subir, em Manaus. De acordo com o superintendente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Marco Antônio Oliveira, mesmo com a subida do rio em Manaus, a seca deve continuar em outras partes do estado.

"Agora, começa o processo da cheia. A subida do Rio Negro depende do Solimões. A medida que o Solimões voltou a subir represou o Rio Negro, aqui em Manaus. Agora começa o processo de cheia. Isso está acontecendo aqui em Manaus. Na região do Alto Rio Negro, que vai de Barcelos até São Gabriel da Cachoeira, a estiagem deve continuar pelo menos até o mês de abril. Vai depender das chuvas que vão cair no hemisfério norte. O Alto Rio Negro só vai começar a normalizar final do mês de março ou mês de abril", explica Oliveira.

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