Com a crise, aumentam oportunidades de emprego para diaristas

O mesmo não acontece com os engenheiros

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A crise econômica está surtindo efeitos nos mais diversos setores. Tanto que, de acordo com reportagem da BBC, o desemprego está cada vez maior entre os engenheiros e, no sentido contrário, sobram vagas para quem quer trabalhar com limpeza doméstica, como diaristas.

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O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil revela que o país sofreu com uma retração de 3,8 % em 2015 – isso significa a pior recessão desde 1996. E, como não podia deixar de ser, quem sofre com isso são os 9,1 milhões de brasileiros que enfrentam o desemprego.

A BBC apurou que a Prendas Domésticas, que agencia domésticas, babás e cuidadoras, tem recebido de 200 a 250 pessoas todos os dias. Um aumento de cerca de 35%. O motivo pelo qual a função de diarista cresceu é que, com a necessidade de se cortar o orçamento, as mensalistas são as primeiras a irem embora. Para continuar a manter a casa em ordem, as diaristas entram em ação - com um aumento de 25%, segundo dados obtidos pela reportagem.

Já o IBGE calcula que o número de trabalhadores domésticos cresceu 3,8% no trimestre encerrado em novembro. "Com o avanço da educação e do trabalho nos últimos anos, o contingente dos trabalhadores domésticos vinha reduzindo. Eles migravam para outros setores. Agora, as pessoas retornam a esse grupamento por falta de oportunidades em outras áreas", explicou o gerente de Coordenação de Trabalho do IBGE, Cimar Azeredo.

O mesmo não acontece com os engenheiros. Dados do Ministério do Trabalho revelam que foram demitidos 58.808 engenheiros no Brasil, apenas em 2015. Ao se descontar a as contratações, o saldo de desempregados é de 20.563 pessoas.

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